Por Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus
Todo ser humano tem o desejo inato de criar: todos queremos agregar valor ao mundo. Por isso, somos todos criadores de algum tipo: alguns de nós são escritores, pintores, músicos. Algumas pessoas fazem scrapbook, tiram fotos, fazem coisas legais com as mãos. Por um longo tempo, nós dois, Joshua e Ryan, criamos – engolimos – planilhas no mundo corporativo (embora não gostássemos dessas grades cheias de números).
Todo ser humano também deve consumir, e não há nada inerentemente errado com o consumo: ele é necessário. Devemos comer comida, beber água. Além disso, todos nós tendemos a comprar produtos de higiene, móveis para nossas casas e outros bens materiais que nos trazem alegria – livros, música, etc.
Logo após a Revolução Industrial, porém, as empresas se viram afogando em oferta demais e demanda insuficiente. Assim, por meio de anúncios e várias cabeças falantes, foi dito às pessoas que elas precisavam consumir mais. Ainda hoje nos dizem que “manter a economia”, precisamos comprar mais coisas. O pior é que compramos essa mentira .
Os profissionais de marketing fazem um ótimo trabalho nos convencendo de que precisamos de mais: eles estabelecem um vazio, para que tentemos preenchê-lo. Isto não é segredo; na verdade, tomamos como garantido agora: entre o bombardeio, percebemos o que os anunciantes estão fazendo, mas ainda lhes damos carta branca com nossa atenção – os deixamos entrar em nossas casas, em nossas telas e em nossas vidas pessoais via Facebook e outras saídas – e quando o fazemos, o vazio se torna mais profundo.
Para a maioria de nós, no entanto, o vazio nada tem a ver com a necessidade de consumir mais; de fato, o oposto é verdadeiro: quando consumimos demais, experimentamos estresse, ansiedade e depressão, aprofundando efetivamente o vazio. Nossas posses nos possuem. Elas nos pesam mentalmente, fisicamente, emocionalmente, e o vazio se torna cavernoso.
Devemos perceber que o vazio real está do outro lado da equação: o vazio que a maioria de nós sente é um vazio criativo – estamos tão envolvidos em nossa mentalidade consumista que esquecemos nossa necessidade inerente de criar. A solução, então, é criar mais e consumir menos – se gastarmos mais tempo criando, gastaremos menos tempo: é assim que movemos o ponteiro da satisfação de volta ao positivo. É assim que resolvemos nossos problemas individuais em relação ao consumo compulsório e à auto-indulgência irracional.
Então, vamos cada um selecionar uma coisa significativa que gostaríamos de criar – algo que agregue valor ao mundo – e vamos criá-lo: vamos preencher o vazio real juntos.
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Artigo traduzido livremente do original: https://www.theminimalists.com/create-consume/
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